I Hate You...

Para quem sabe ler, um pingo é letra.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Como pode, moça, ser tão graça e ternura
Me desarmar, despir minha armadura
Como pode a vida me presentear
Fora outra hora tão dura
Como pode a vida desenhar
Em tal carne tão formosa escultura
Como pode Deus deixar
No coração dela juntar
Alguma amargura
Como posso querer-a tanto
Em saudade vou-me aos prantos
Em teus braços os encantos
Em teus lábios a doçura
Ainda bem que não sou santo
Teu corpo serve-me de manto
Teu amor me é recanto
Outras vezes minha cura
Entretanto me espanto

Quando me deparo em loucura!
Estou me sentindo tão só
E isso já não é mais incomum
Como se viessemos do pó
Somos todos só um

Esmaga meu cérebro, aperta meu coração
Cadê meus amigos? Minha família
As vezes apenas pequenas baratas
São toda a minha companhia

Tenho medo de ficar só
Até mesmo entre uma multidão
Talvez eu não entenda a vida
Minhas palavras sejam em vão

Quem sabe haja uma saída
A carência é que grita
No silencio perturbador
A paz atingida

Pelo clamor de um pouco de amor.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Solidão é um mal
Um mal que no fundo
Até me encanta
Nesse mundo nada mais
Me espanta
Quem muito quer
E nada pode ter
Foi mal acostumado
A poder sonhar
Mal criado sem ter
Com o que contar
Ilusões pra que
Se o querer não é poder
Mentiroso quem disse isso
Perdedor que nasce perdedor
Nunca vai pode vencer
Saiba bem qual é
Qual é o seu lugar
Você não está aqui atoa
Algo útil deve possuir
Essa vida é muito louca
Faz alguns chorar
E outros rir
Nessas estreitas palavras
Não quis ofende-lo
Mas pense com cuidado
Qual seu real significado!

domingo, 17 de agosto de 2008

Vida injusta, mas o que dessa vida se diz justo?
É justo ver crianças sem ter o que comer
Enquanto outros usufruem da ignorância do povo
Somente para satisfazer seus momentos de lazer;

É justo ver uma mãe chorar a perda de seu herdeiro?
Morto injustamente com uma bala justa em seu peito
A polícia vigia e protege a casa de quem pode pagar
Serviço público cobrado, é dinheiro proletariado mal investido;

Governo organizado, crime privilegiado
Seria oposto, oposto a quê?Se ninguém sabe de nada
A maioria não sabe nem ler, educação interrompida
Será tiro de metralha ou de revolver, essa bala perdida;

Quem a perdeu, pode a considerar bem investida
Senão qual será a razão, pura maldade ou acidente
Não pode fugir, carregou a arma é porque já não se importa mais
Se vai machucar seus amigos, familiares, seu pais.

terça-feira, 29 de abril de 2008







Em remuito piaras venéficas do seral
O varão sofre de agrizoofobia
E o descuidista roja-se entre os pedregulhos
O bote esquiva-se repetinamente entrelaçado
Se altercam para provar supremacia
Entre impetos extravia-se o feridento
Com árdua vertigem tomba o irracional

quinta-feira, 10 de abril de 2008


Saudoso o guerreiro
De coração verdadeiro
Sorriso traiçoeiro
Mãos e pés ligeiros
Lutou e batalhou
Salvou e matou pessoas más e boas
Fez honrar sua bandeira
Como marcada no coração
Provou variadas vezes
O seu amor pela nação
E vinha meio ao mato
Com sua espada na mão
Quem não tem medo de assombração
Mata tigre mata leão
Se grita cai trovão
E se corre é furacão
No cair da noite com muito cuidado
Adormece velho indio bem camuflado
Olhos espertos coração apertado
Musmurra uma última oração
Palavras antigas do passado
Vindas de uma antiga geração
Sempre nessa vida este pioneiro
Sempre longe da civilização
Velho indio guerreiro já foi
Prisioneiro do seu próprio coração.

segunda-feira, 7 de abril de 2008


A criminalidade anda solta na cidade
A moda agora é psicopata menor de idade
E se menino-homem mata sem piedade
É porque cresceu nas mãos da crueldade;

Seu corpo marcado por cicatrizes
Marcas das ruas, de casa, que machucam o coração
Antigo cafetão, conquistador de meretrizes
Coração de pedra, sem sentimento, sem emoção;

Experiência de vida já possui em abundância
Como malandro sabe bem o que quer
Dos antigos sobrou a herança
Porem nada como poder, dinheiro, fama e mulher;

Sabe bem si virar, por si só faz sua segurança
Não abaixa a cabeça nem teme perigo algum
Como a morte que brilha nos olhos de uma criança
Pois homem-menino não é qualquer um.